Perfil das infecções de sítio cirúrgico em pacientes oncológicos submetidos a cirurgias abdominais convencionais
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202529932%20Palavras-chave:
Infecção da ferida cirúrgica, Oncologia, CirurgiaResumo
Objetivo: Caracterizar o perfil de casos de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) em pacientes cirúrgicos oncológicos submetidos a cirurgias abdominais convencionais eletivas. Métodos: Coorte retrospectiva que analisou cirurgias abdominais convencionais eletivas no período de 2020 a 2021. A identificação dos casos de ISC ocorreu segundo os critérios do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo. Resultados: Foram analisados 100 procedimentos cirúrgicos, e identificados 19 casos de ISC, sendo a maioria infecção de órgão e espaço. O perfil dos pacientes acometidos por ISC foi de indivíduos do sexo masculino, com comorbidades (ASA 3), tabagistas e com neoplasia espleno-pancreática ou hepática. Os fatores de risco associados à ISC foram a duração do procedimento (p=0,015) e a reabordagem cirúrgica (p<0,001). O microrganismo mais frequentemente foi Enterococcus faecalis, seguido por Gram-negativos. O antibiótico mais usado no tratamento foi ceftriaxona. Conclusão: O perfil dos pacientes esteve atrelado à presença de comorbidades, diagnóstico de neoplasia espleno-pancreática, maior duração do procedimento anestésico-cirúrgico e reabordagem cirúrgica. A maior parte dos casos foi classificada como infecção de órgão e espaço, associadas ao Enterococcus faecalis e tratadas com ceftriaxona.
Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. 2a ed. [Internet]. Brasília: Anvisa; 2017 [acessado em 26 set 2024]. Disponível em: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/Crit%C3%A9rios-Diagnosticos-IRAS-vers%C3%A3o-2017.pdf
World Health Organization. Global guidelines for the prevention of surgical site infection. 2nd ed. [Internet]. Geneva: WHO; 2018 [acessado em 11 maio 2021]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/250680/9789241549882-eng.pdf?sequence=8
World Health Organization. Orientações da OMS para a Cirurgia Segura 2009 [Internet]. Brasília: WHO; 2009 [acessado em 26 set 2024]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44185/9789241598552_por.pdf?sequence=8&isAllowed=y
Instituto Nacional de Câncer. Como surge o câncer? [Internet]. Rio de Janeiro: INCA; 2022 [acessado em 26 set 2024]. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/como-surge-o-cancer
Instituto Nacional de Câncer. O que causa o câncer? [Internet]. Rio de Janeiro: INCA; 2022 [acessado em 26 set 2024]. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/causas-e-prevencao-do-cancer/o-que-causa-o-cancer#:~:text=Os%20fatores%20podem%20interagir%20de,de%20diferentes%20tipos%20de%20c%C3%A2ncer
American Cancer Society. How is chemotherapy used to treat cancer? [Internet]. Atlanta: ACS; 2022 [acessado em 26 set. 2024]. Disponível em: https://www.cancer.org/treatment/treatments-and-side-effects/treatment-types/chemotherapy/how-is-chemotherapy-used-to-treat-cancer.html#references
Olsen MA, Lefta M, Dietz JR, Brandt KE, Aft R, Matthews R, et al. Risk factors for surgical site infection after major breast operation. J Am Coll Surg. 2008;207(3):326-35. https://doi.org/10.1016/j.jamcollsurg.2008.04.021
Mahdi H, Gojayev A, Buechel M, Knight J, SanMarco J, Lockhart D, et al. Surgical site infection in women undergoing surgery for gynecologic cancer. Int J Gynecol Cancer. 2014;24(4):779-86. https://doi.org/10.1097/IGC.0000000000000126
Narasimhulu DM, Bews KA, Hanson KT, Chang YHH, Dowdy SC, Cliby WA. Using evidence to direct quality improvement efforts: defining the highest impact complications after complex cytoreductive surgery for ovarian cancer. Gynecol Oncol. 2020;156(2):278-83. https://doi.org/10.1016/j.ygyno.2019.11.007
Tran CW, McGree ME, Weaver AL, Martin JR, Lemens MA, Cliby WA, et al. Surgical site infection after primary surgery for epithelial ovarian cancer: predictors and impact on survival. Gynecol Oncol. 2015;136(2):278-84. https://doi.org/10.1016/j.ygyno.2014.12.007
São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre Vranjac. Divisão de Infecção Hospitalar. Manual de orientações e critérios diagnósticos. Hospital geral. Sistema de vigilância epidemiológicas das infecções hospitalares do estado de São Paulo [Internet]. São Paulo Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; 2021 [acessado em 26 set. 2024]. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/criteriosdiagnosticos_hospitalgeral_CVE%20COVISA_2021_03_02_2021.pdf
Berríos-Torres SI, Umscheid CA, Bratzler DW, Leas B, Stone EC, Kelz RR, et al. Centers for Disease Control and Prevention Guideline for the Prevention of Surgical Site Infection, 2017. JAMA Surg. 2017;152(8):784-91. https://doi.org/10.1001/jamasurg.2017.0904. Erratum in: JAMA Surg. 2017;152(8):803. https://doi.org/10.1001/jamasurg.2017.1943
Alkaaki A, Al-Radi OO, Khoja A, Alnawawi A, Alnawawi A, Maghrabi A, et al. Surgical site infection following abdominal surgery: a prospective cohort study. Can J Surg. 2019;62(2):111-7. https://doi.org/10.1503/cjs.004818
Carvalho RLR, Campos CC, Franco LMC, Rocha AM, Ercole FF. Incidence and risk factors for surgical site infection in general surgeries. Rev Lat Am Enfermagem. 2017;25:e2848. https://doi.org/10.1590/1518-8345.1502.2848
Lakoh S, Yi L, Sevalie S, Guo X, Adekanmbi O, Smalle IO, et al. Incidence and risk factors of surgical site infections and related antibiotic resistance in Freetown, Sierra Leone: a prospective cohort study. Antimicrob Resist Infect Control. 2022;11(1):39. https://doi.org/10.1186/s13756-022-01078-y
Stefani L, Borges PKO, Rocha MD. Surgical site infections: surgical reoperation and infection in clean and potentially contaminated surgeries. Rev Enferm UFSM. 2022;12(12):1-17. https://doi.org/10.5902/2179769267474
Souza KV, Serrano SQ. Nurses’ knowledge about prevention of surgical site infection. Rev SOBECC. 2020;25(1):11-6. https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202000010003
Lindblom RPF, Lytsy B, Sandström C, Ligata N, Larsson B, Ransjö U, et al. Outcomes following the implementation of a quality control campaign to decrease sternal wound infections after coronary artery by-pass grafting. BMC Cardiovasc Disord. 2015;15:154. https://doi.org/10.1186/s12872-015-0148-4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Leticia Campos Guarnieri , Ana Luiza Garbin Dias, Fernanda Ribeiro Silva de Lyra, Juliana Rizzo Gnatta, Vanessa de Brito Poveda

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao publicar na Revista SOBECC, os autores retêm os direitos autorais de seu artigo e concordam em licenciar seu trabalho usando uma Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição (CC BY 4.0), aceitando assim os termos e condições desta licença. A licença CC BY 4.0 permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do artigo publicado, mesmo para fins comerciais, desde que atribuam o devido crédito aos criadores do trabalho (autores do artigo).
Os autores concedem à Revista SOBECC o direito de primeira publicação, de se identificar como publicadora original do trabalho e concedem à revista uma licença de direitos não exclusivos para utilizar o trabalho das seguintes formas: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas e/ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes e/ou o trabalho na sua totalidade visando promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e impressas; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Com esta licença, os autores podem assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial na Revista SOBECC. Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação na Revista SOBECC, visto que isso pode aumentar a visibilidade e o impacto do trabalho.
Em consonância com as políticas da revista, a cada artigo publicado será atribuída uma licença CC BY 4.0, a qual estará visível na página de resumo e no PDF do artigo com o respectivo link para os termos da licença.