Infecção de sítio cirúrgico em pacientes submetidos a artroplastias de quadril e joelho
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202429971Palavras-chave:
Monitoramento Epidemiológico, Infecção da ferida cirúrgica, Segurança do paciente, Ortopedia, Artroplastia de substituiçãoResumo
Objetivo: Caracterizar os casos de Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC) em pacientes submetidos a artroplastias de quadril e joelho. Método: Pesquisa transversal, retrospectiva e quantitativa realizada em um hospital público, de ensino e de alta complexidade da região sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu entre 2020 e 2022 em registros contidos em 91 prontuários e fichas pós alta hospitalar no período de até 90 dias após a cirurgia destinada ao implante da prótese. Os dados foram analisados por estatística descritiva e taxa de incidência de ISC. Resultados: Foram analisados 49 (53,8%) registros de artroplastia de joelho e 42 (46,2%) de quadril. Cinco casos evoluíram com infecção, todos detectados no retorno ambulatorial pós artroplastia de joelho, resultando em taxa de incidência de ISC em artroplastias de 5,5% (n=5). As infecções foram caracterizadas como incisional profunda (40%; n=2), de órgão ou cavidade (40%; n=2) e superficial (20%; n=1); decorrendo em reinternação em 80% dos casos e correspondente tempo médio de hospitalização de 11 dias (DP=4,2). Conclusão: O expressivo índice de ISC em cirurgias limpas direciona para a necessidade de intensificar boas práticas cirúrgicas. Reitera-se a vigilância ambulatorial como estratégia para a construção realística de indicadores e subsídio para a prevenção.
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