Influência dos identificadores de instrumental cirúrgico na contaminação microbiana de cabos para lâminas de bisturi após limpeza e esterilização

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202429939%20

Palavras-chave:

Instrumentos odontológicos, Esterilização, Microbiologia

Resumo

Objetivo: Avaliar a influência dos diferentes identificadores de instrumental no crescimento microbiano de dispositivos críticos após etapas de limpeza e esterilização. Método: Foram utilizados 15 cabos no 3 para lâminas de bisturi como corpo de prova, divididos em 3 grupos (n=5), sendo cada grupo composto de um instrumental sem identificador e outros quatro instrumentais com os seguintes identificadores: gravação a laser, anel de silicone, identificador vinílico com adesivo permanente e etiqueta adesiva personalizada. Após serem submersos no aspirado cirúrgico, os instrumentais foram processados de acordo com os requisitos de boas práticas da Resolução n. 15/2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O crescimento microbiano foi avaliado em diferentes momentos de forma qualitativa, pela presença ou ausência de crescimento, e de forma quantitativa para os casos positivos, por meio de contagem de unidades formadoras de colônia viáveis (log UFC/cabo de bisturi). Resultados: Em algum momento, houve crescimento microbiano nos instrumentais independentemente do tipo de identificador. No entanto, não houve contaminação contínua e progressiva após repetição das etapas de limpeza e esterilização. Conclusão: O tipo de identificador de instrumental odontológico não interfere no crescimento microbiano desde que sejam respeitadas as normas de limpeza e esterilização.

Biografia do Autor

Renan Pereira Barbosa, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Clínica Odontológica – Juiz de Fora (MG), Brasil.

Cirurgião-dentista, pós-graduação, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Clínica Odontológica – Juiz de Fora - Minas Gerais – Brasil

Mariana Simões de Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Clínica Odontológica – Juiz de Fora (MG), Brasil.

Cirurgião-dentista, mestrado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Clínica Odontológica – Juiz de Fora - Minas Gerais – Brasil

Marcelle Silva Alves de Paula, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Ciências Farmacêuticas – Juiz de Fora (MG), Brasil.

Farmacêutica, doutorado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Ciências Farmacêuticas. Juiz de Fora - Minas Gerais – Brasil

Ana Carolina Morais Apolônio, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia – Juiz de Fora (MG), Brasil.

Cirurgião-dentista, doutorado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia – Juiz de Fora - Minas Gerais – Brasil

Matheus Furtado de Carvalho, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Clínica Odontológica – Juiz de Fora (MG), Brasil.

Cirurgião-dentista, doutorado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Clínica Odontológica – Juiz de Fora – Minas Gerais - Brasil

Referências

Kohn WG, Collins AS, Cleveland JL, Harte JA, Eklund KJ, Malvitz, DM, et al. Guidelines for infection control in dental health care settings--2003. MMWR Recomm Rep. 2003;52(RR-17):1-61. PMID: 14685139.

Elzein R, Bader B, Rammal A, Husseini H, Jassar H, Al-Haidary M, et al. Legal liability facing COVID-19 in dentistry: Between malpractice and preventive recommendations. J Forensic Leg Med. 2021;78:102123. https://doi.org/10.1016/j.jflm.2021.102123

Smith G, Smith A. Microbial contamination of used dental handpieces. Am J Infect Control. 2014;42(9):1019-21. https://doi.org/10.1016/j.ajic.2014.06.008

Spaulding EH, Emmons EK. Chemical disinfection. Am J Nurs. 1958;58(9):1238-42. https://doi.org/10.2307/3472880

Zamora MS. Guía para el manejo del autoclave en la central de esterilización del Hospital Universitario de Ceuta [Internet]. Madrid: Instituto Nacional de Gestión Sanitaria; 2013 [accessed on Jul 22, 2023]. Available at: https://elautoclave.wordpress.com/wp-content/uploads/2018/08/autoclave.pdf

Winter S, Smith A, Lappin D, McDonagh G, Kirk B. Investigating steam penetration using thermometric methods in dental handpieces with narrow internal lumens during sterilizing processes with non-vacuum or vacuum processes. J Hosp Infect. 2017;97(4):338-42. https://doi.org/10.1016/j.jhin.2017.07.033

Böhler L, Daniol M, Wehrle C. Identification of instruments and implants with RFID and Data Matrix codes for the use at the instrument table. Przeglad Elektrotechniczny. 2016;1(11):227-30. https://doi.org/10.15199/48.2016.11.54

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC no 15 de 15/03/2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências [Internet]. 2012 [accessed on Mar 27, 2024]. Available at: https://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/28845

Cottone JA, Molinari JA. State-of-the-art infection control in dentistry. J Am Dent Assoc. 1991;122(8):33-41. https://doi.org/10.14219/jada.archive.1991.0254

Edwardsson S, Svensäter G, Birkhed D. Steam sterilization of air turbine dental handpieces. Acta Odontol Scand. 1983;41(6):321-6. https://doi.org/10.3109/00016358309162342

Andersen HK, Fiehn NE, Larsen T. Effect of steam sterilization inside the turbine chambers of dental turbines. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1999;87(2):184-8. https://doi.org/10.1016/s1079-2104(99)70271-4

Smith A, Letters S, Lange A, Perrett D, McHugh S, Bagg J. Residual protein levels on reprocessed dental instruments. J Hosp Infect. 2005;61(3):237-41. https://doi.org/10.1016/j.jhin.2005.01.021

Murdoch H, Taylor D, Dickinson J, Walker JT, Perrett D, Raven ND, et al. Surface decontamination of surgical instruments: an ongoing dilemma. J Hosp Infect. 2006;63(4):432-8. https://doi.org/10.1016/j.jhin.2006.02.015

Bortolato DL, Martelli A, Acoria N, Martinez E, Gamarra J. El encintado como método de control del instrumental quirúrgico. Med Infant. 2008;15(3):240-2.

Samit A, Dodson R. Instrument-marking tapes: an unnecessary hazard. J Oral Maxillofac Surg. 1983;41(10):687-8. https://doi.org/10.1016/0278-2391(83)90029-0

Kraayenbrink M, Baer ST, Jenkins JG, Moore-Gillon V. Serious hazard of plastic coding tape on surgical instruments. Br J Surg. 1987;74(8):696. https://doi.org/10.1002/bjs.1800740815

McKenzie JA, Greenberg CC, White CQ. Preventing unintended retained foreign objects: putting policy into practice. Jt Comm J Qual Patient Saf. 2021;47(9):543-4. https://doi.org/10.1016/j.jcjq.2021.07.002

Bruna CQM, Almeida AGCS, Graziano KU. Assessment of microbial contamination in surgical instrument identication tapes and resins. RevSobecc. 2019;24(1):12-6. https://doi.org/10.5327/Z1414-4425201900010004

Pereira LB, Oliveira MAVC, Biffi JCG. Evaluation of the effectiveness of cleaning endodontic files methods. Biosci J. 2013;29(4):1058-63.

Neves ZCP, Melo DS, Souza ACS, Tipple AFV, Rodriguez MAV. Items sterilized in humid heat: validation of the storage system. Rev Bras Enferm. 2004;57(2):152-6. https://doi.org/10.1590/s0034-71672004000200004

Publicado

2024-08-09

Como Citar

Souza, L. B. de, Barbosa, R. P., Oliveira, M. S. de, Paula, M. S. A. de, Apolônio, A. C. M., & Carvalho, M. F. de. (2024). Influência dos identificadores de instrumental cirúrgico na contaminação microbiana de cabos para lâminas de bisturi após limpeza e esterilização. Revista SOBECC, 29. https://doi.org/10.5327/Z1414-4425202429939

Edição

Seção

Artigos Originais